Foi um fato verídico que
aconteceu comigo no ano de 1980.
Meu pai tinha duas fazendas no
município de São João do Piauí. (ele nasceu lá, na fazenda paulista).
E resolveu vender a fazenda paulista que era dele e de sua irmã. Eu pedi a ele que não vendesse o gado, era um gado muito bom, mestiço de guzerá. Pois o reprodutor (pavilhão) era registrado veio do Rio de Janeiro. O meu pai concordou em vender só a terra e levar o gado para a outra fazenda dele a fazenda São José.
E resolveu vender a fazenda paulista que era dele e de sua irmã. Eu pedi a ele que não vendesse o gado, era um gado muito bom, mestiço de guzerá. Pois o reprodutor (pavilhão) era registrado veio do Rio de Janeiro. O meu pai concordou em vender só a terra e levar o gado para a outra fazenda dele a fazenda São José.
Ele veio para Floriano e eu
fiquei para levar o gado. Estava tendo uma vaquejada na fazenda vizinha do
paulista, fazenda Santa Rosa, e eu foi lá, o proprietário era amigo nosso o
Morais, pedir pra ele com os vaqueiros me ajudarem a levar o gado. Ele me falou
que era o ultimo dia de vaquejada que era pra eu ficar com ele que no dia
seguinte íamos juntos levar o gado para a fazenda São José.
A fazenda paulista, era a maior
fazenda da região, mais de 2000 He de terras a margem do Rio Piauí. Era o lugar
que eu ia passar maior tempo de minhas ferias. Muita fartura de leite, coalhada
requeijão, farinhada, desmancha. Tinha duas despesas grandes só para guardar
carne de gado, porco, carneiro e de caças que tinha muito na região e na época
não era proibido caçar.
Aquilo me deixava triste em ver aquele pedaço da nossa história ser vendido.
No dia seguinte, cedo vinha chegando os vaqueiros (uns 20) e foi formando um circulo na porteira do curral, começaram a abóia. Quando soltaram o gado, o novilho pavilhão, saiu do curral cheiro o chão e berrando. E o resto do gado foi atrás dele, aquilo parecia que ele sabia que nunca mais ele ia voltar daquele lugar.
Todos esses vaqueiros que eu falo
estão vivos e moram em um povoado chamado Barriguda município de Ribeira do
Piauí. O único que faleceu foi o Morais que era dono da Fazenda Santa Rosa.
Depois que levamos o gado, papai vendeu a fazenda e nunca mais teve vaquejada lá. Pra maior tristeza minha, o cara que comprou era da Paraíba veio só pra especular terras aqui, abandonou a fazenda, a casa caiu e hoje é um assentamento do governo.
Depois que levamos o gado, papai vendeu a fazenda e nunca mais teve vaquejada lá. Pra maior tristeza minha, o cara que comprou era da Paraíba veio só pra especular terras aqui, abandonou a fazenda, a casa caiu e hoje é um assentamento do governo.
O nome da música é Ultima Vaquejada. É letra e música minha e um amigo meu (Cícero da banda Romã com Mel) fez o arranjo e a interpretou no mostra SESC Piauí de música em 2006. A música foi 1º lugar e ele foi o melhor interprete aqui em Floriano.
Essa música foi gravado pelo
SESC.
Ele (Cícero) também participou
com essa minha música do festival do Armazém Paraíba (Paraíba Pop Star) aqui em
Floriano e ficou em 2º lugar. (Isso com um júri só de músicos e maestros de
Teresina, só feras)
Grande Paraguassu!!
ResponderExcluirParabéns pelo belíssimo forró.
Não conhecia seu lado artístico, muito bom...
Já podes pensar em produzir mais forrós como este.
Certamente, histórias e estórias como esta, é o que não lhe falta para contar.
Saudações.
LuizCarlos.
Saudações Jose Paraguassú!
ResponderExcluirLemos seu texto e percebemos o quanto ele evoca sentimentos de saudades e perda de coisas tão queridas: o lugar da infância ... o animal preferido...
Também baixamos sua música. Um forró muito bom, por sinal! Com toda certeza nos tocou pela letra e ritmo.
Agradecemos pela lembrança e gentileza em nos mostrar sua arte!
Abraços
P.S. Tio Borges - como sempre digo - "Você é maior "autarquia" da cultura florianense"
Abraços de Laurijane
parabens
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