Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


terça-feira, 16 de setembro de 2014

HISTÓRIA DOS LAMBE LAMBE (FOTÓGRAFOS)

Os fotógrafos lambe lambe eram fotógrafos anônimos, populares e intuitivos, que desenvolviam suas atividades profissionais em praças e jardins públicos do Brasil. Até poucos anos atrás, era muito comum encontrá-los, encapuzados e quase fundidos à caixotes sobres tripés.

A criatividade do nosso fotógrafo de jardim, aliada à aguçada sensibilidade tátil, era o ponto de partida para o desenvolvimento do ofício. Qualquer um deles orgulhava-se em dizer a marca da lente que usava. Era a essência do negócio.

O lambe-lambe desenvolvia seu trabalho com uma câmera-laboratório: uma caixa de madeira com uma lente apoiada num tripé. A câmera era dividida em duas partes, sendo que a inferior continha os dois banhos, revelador e fixador, que eram utilizados ao mesmo tempo, para o processamento químico de filmes e papéis. As fotos eram reveladas ali mesmo, quase que instantaneamente, o que dava ao fotografo uma mobilidade incrível, uma vez que não precisava mais se deslocar ao laboratório para revelar os filmes.


Aqui em Floriano conhecíamos muitos, e os chamávamos de perna-de-calça onde enfiavam a cabeça para localizar o alvo a ser fotografado.

Existem diversas teorias sobre a origem do nome lambe-lambe, segundo uma delas, a revelação das fotos em máquinas lambe-lambe, exigia tempo mínimo de lavagem e mínima quantidade de água. Portanto, para garantir a qualidade do trabalho, os fotógrafos tocavam a língua nas fotos durante a lavagem para avaliar a qualidade da fixação e da própria lavagem.

Com a popularização das câmeras fotográficas, principalmente depois do advento das câmeras digitais, o fotógrafo lambe-lambe tornou-se um profissional se não já extinto, em vias de extinção. Porém, as facilidades tecnológicas que tanto agregam à fotografia moderna, minimizam a  espontaneidade, a capacidade de improvisação e a sensibilidade presentes  nas fotos dos lambe-lambes.

O objetivo desse projeto é tentar resgatar um pouco dessas características das fotografias antigas, valendo-se das vantagens tecnológicas da fotografia moderna.






O Blog do Tio Borges e o facebook tem divulgado muitas fotos antigas, pois quer assim também colaborar com o resgate, ou melhor não deixar no esquecimento muitas coisas boas que o passado levou.
Obs.: aceita-se reenvio de fotos antigas.

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