Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Ostracismo de Wilson Martins, a solidão do poder: de médico a trator

É difícil encontrar Wilson Martins, ex-governador do Piauí por dois mandatos pelo PSB. Depois que deixou o poder e perdeu a disputa com Elmano Férrer (PTB) para o cargo de senador nas eleições de 2014, Martins tornou-se figura rara na política. 

Foi encontrado – e fotografado –lanchando no fast-food de um shopping, sozinho. A foto tornou-se viral nas redes sociais e exemplo do antes e depois do poder político no Piauí. Em quase um mês a reportagem do O Olho tentou contato com Wilson Martins, sem sucesso. Seus assessores dizem que não conseguem localizá-lo e o próprio número de Wilson dá como inexistente.

 De trator – apelido que faz alusão à ambição de passar por cima do que estiver no caminho para conseguir seus objetivos – até o momento em que, sozinho, foi flagrado no shopping, O Olho conta como Wilson Martins vive hoje a fase mais melancólica de sua carreira.

"Há mais de dois mil anos, o romano Salústio já dizia: o homem é o arquiteto do seu destino”. Foi com estas palavras que o até então governador Wilson Martins (PSB), iniciou um de seus discursos mais lembrados, o de posse, proferido no dia 1º de janeiro de 2011, dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí (Alepi). Aquele seria o auge de sua carreira política, mas nem ele mesmo imaginava que seria antes de tudo, o início do fim de uma história na vida pública.

Wilson é pacato. Nasceu em 1953 no interior, em uma pequena cidade chamada Santa Cruz do Piauí, distante cerca de 310 km de Teresina. Assim como ele costuma contar, a infância foi sofrida. Era sonhador, encantado com o desejo de um dia estudar na Europa, mas a realidade até aquele momento também era distante.

"Á época somente os filhos dos ricos faziam intercâmbio para fora do país. Tudo ocorria no período de férias, e nós, que éramos pobres ficávamos com vontade, mas não tínhamos condições", disse em diversas entrevistas concedidas na televisão, sempre ao citar um dos programas de Governo mais destacados em sua gestão, o “Aprender é uma viagem", que levou pouco mais de 120 jovens para estudarem na Espanha e no Canadá, com bolsas pagas pelo Governo do Estado.

A história teve início no Colégio Diocesano, instituição gerida pelos padres jesuítas. Foi lá onde recebeu os primeiros ensinamentos sobre a vida, e passou a sonhar com voos mais altos. O Diocesano também foi casa da primeira experiência de Wilson como gestor, onde comandou o grêmio estudantil. Com uma bolsa do Ministério da Educação, os estudos no colégio estavam garantidos. Um passo apenas e já estava na Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde cursou e se formou em Medicina.

Foto de Wilson Martins aos 8 anos de idade. Ainda nem imaginava que chegaria ao auge do poder no Piauí
A partir daí despontou na carreira e, com isso, o desejo de estar à frente de órgãos públicos, que como costumeiro no Piauí, viviam a carência de pessoas técnicas. Depois de formado, o primeiro passo foi a especialização. Após a residência médica em Neurologia pela UFRJ, veio a especialização em Neurologia pela Pontifícia Universidade Católica, e também em Administração Hospitalar e Sanitária pela Universidade Gama Filho, tudo feito no Estado do Rio de Janeiro. O desejo inicial foi realizado na velocidade em que sua vontade de crescer aumentava. A primeira experiência fora do país se deu em Berlim, na Alemanha, onde participou de cursos de aperfeiçoamento. Um companheiro inseparável sempre esteve ao seu lado, o whisky.

 Wilson Martins então decidiu ingressar no mestrado, e o fez na Universidade de São Paulo, uma das melhores do país. Após concluído, o ex-governador decidiu ir ao mercado. Passou pela UFPI como professor e, em seguida, teve atuação no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina, onde era neurocirurgião. Até hoje faz parte do quadro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e também da Academia Brasileira de Neurocirurgia. Não demorou e passou a presidir a Associação Piauiense de Medicina, entre os anos de 1991 e 1993.

HISTÓRIA DA FAMÍLIA SE CONFUNDE COM A POLÍTICA NO PIAUÍ
Wilson tem antecessores conhecidos na história política do Piauí. Seu tio-avô Eurípides Clementino de Aguiar governou o Estado entre os anos de 1916 e 1920. Wilson também é tetraneto de Manoel de Sousa Martins, o 'Visconde da Parnaíba', que governou entre os anos de 1823 e 1843.

Já atuando na vida pública, mas ainda com pouca experiência o cidadão de Santa Cruz do Piauí assumiu a presidência da Fundação Municipal de Saúde. O ano era 1993 e 1994, ainda na gestão do histórico prefeito Wall Ferraz, um dos responsáveis pela construção do político Wilson Martins. A partir daí e já filiado ao PSDB, Wilson iniciou a vida parlamentar. Foi candidato a deputado estadual e venceu a disputa nos anos de 1994, 1998 e 2002. Pouco antes do fim de seu terceiro mandato, o PSDB fica para trás e ele filia-se ao PSB, partido que até hoje o tem como o presidente do diretório estadual e um dos maiores expoentes da sigla no Nordeste.

PRIMEIRO ESCÂNDALO ENVOLVE DENÚNCIA NO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA
Mas foi ainda em 1994 que Wilson Martins se envolveu no primeiro escândalo. Uma grave denúncia que posteriormente foi comprovada dava conta de que ele seria o responsável por um esquema de desvio de medicamentos. A auditoria realizada pelo extinto Instituto Nacional de Previdência Social (Inamps), comprovou a fraude. Foi o primeiro passo para os tucanos pedirem a cabeça de Wilson que poderia ser preso a qualquer momento. As manchetes dos grandes jornais da época, o Diário do Povo e o Correio do Piauí, mostravam Wilson como vilão da política local.

Inamps comprovou desvio de medicamentos na gestão de Wilson Martins. Rombo foi de R$ 50 mil
 Entre as denúncias feitas na época, estavam indícios de que pessoas mortas recebiam medicamentos. Ao final de sua gestão, as denúncias apontavam que o rombo detectado chegava à casa dos R$ 50 mil. Visto o grande prejuízo que um escândalo nessas proporções poderia causar na cidade, um grupo de vereadores que defendiam a história do PSDB de Wall Ferraz – ou seja, a imagem de um partido limpo e honesto - pedia a expulsão de Wilson do partido. Entre os nomes estão os vereadores Olésio Coutinho e Edson Melo. Protegido por companheiros que faziam parte do Conselho Municipal de Saúde, o socialista resistiu.

Partidários ligadoa a Wall Ferraz pediram a cabeça de Wilson Martins. Edson Melo foi um dos que liderou o movimento.
 Na mesa, estava o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB). Na época ainda não pensava em atuar na política, mas ter ajudado o companheiro que se tornara deputado e depois vice-governador, lhe rendeu um ingresso na vida pública. O resto da história todos sabem. Sílvio acabou por ser prefeito de Teresina durante dois mandatos: em 2010 concorreu ao Governo contra o próprio Wilson, e já em 2014 esteve no palanque de apoio do socialista novamente. O tempo passa, mas a política permanece quase a mesma.

ASCENSÃO, TRAGÉDIA E ÉPOCA DE OURO
Em 2002, pouco depois de Wellington Dias (PT) vencer as eleições para o governo do Estado, Wilson foi nomeado para assumir a pasta do Desenvolvimento Rural (SDR). A ascensão foi meteórica e em 2006, Wilson passou a viver sua época de ouro na vida pública. Aliado ao grupo que levantava bandeira para a "onda vermelha" em todo país, ele aceitou o desafio de compor chapa com o candidato ao Governo, Wellington Dias (PT). Vitória na certa. Dias aqui, e Lula no Brasil todo.

Wilson é estrategista. Casado com a enfermeira e advogada Lílian Martins, o casal teve três filhos, Rafael, Victor e Wilson Filho, este último morto em 2008 após um grave acidente na PI-112, trecho que liga os municípios de Teresina e União. No momento do acidente, Wilson e Lílian estavam em comícios na região de Picos. Ambos pegaram imediatamente um avião particular e se dirigiram à capital. Era período de campanhas eleitorais nos municípios. Em Teresina Nazareno Fonteles (PT) e Sílvio Mendes (PSDB) pararam as atividades para prestarem homenagem.

Morte do filho foi um momento de crise na vida pessoal. Lílian e Wilson Martins estavam no interior quando souberam da morte
Ao tempo em que despontava como aposta para disputa de 2010, seu irmão, o hoje deputado estadual eleito, Rubem Martins (PSB), vencia dois pleitos para prefeito no município de Wall Ferraz. À época, Rubem também fazia parte dos quadros do PSDB.

De acordo com Rubem Martins, Wilson sempre foi de ouvir os conselhos dos mais próximos. Dedicado em tudo que faz, ele sempre gostou de está participando das decisões de seu partido. “Ele sempre foi uma pessoa que ouviu conselhos, gosta de participar das decisões e continua participando ativamente de tudo que acontece na política do Piauí e principalmente dentro do PSB”, disse.

Em 2010 um fato inusitado. Sonhando com o cargo de governador, Wilson Martins teve sua chance. Wellington Dias decidiu disputar uma vaga para o Senado e o vice assumiu o restante do mandato. Isso foi o bastante para se dar início a mais um episódio de traição na política do Piauí. O candidato natural do governador era o senador João Vicente Claudino (PTB), que venceu em 2006 com uma votação recorde e tinha acordo com o petista para que o apoiasse. Dias, no entanto, não pode cumprir o contrato, alegando circunstâncias políticas, e acabou apoiando Martins.

Disputa pelo Governo do Estado em 2010 colocou frente a frente, os amigos de Fundação Municipal de Saúde na gestão de Wall Ferraz
O resultado da eleição foi que João Vicente se quer conseguiu chegar ao segundo turno. A disputa final foi travada entre os ex-companheiros de Fundação Municipal de Saúde. Sílvio Mendes (PSDB) e Wilson Martins (PSB) disputaram voto a voto a preferência dos piauienses. Com apoio petista, a disputa terminou com a vitória do socialista.

DECADÊNCIA
Mas Wilson não atentou para a construção de um nome forte na capital, o que viria a ser seu ponto fraco. Elmano Férrer (PTB), prefeito de Teresina durante dois anos e que tinha o apoio de João Vicente e Wellington, caiu nas graças do povo. Conhecido como “véin trabalhador”, Elmano entra na disputa ao Senado em 2014, com a desistência de João Vicente em concorrer à reeleição. Com apoio de Dias, Wilson teve seu império caído ao chão.

Já em ritmo de campanha, Wilson percebeu queda em seguidas pesquisas e viu o adversário crescer descontroladamente
Para o cientista político Vitor Sandes, a imagem de Wilson Martins como político inabalável não foi desfeita. Segundo ele, o que houve foi um erro estratégico. “Não acredito que a imagem dele foi desconstruída. Sua imagem era vinculada ao governo Wellington Dias, do PT. Ou seja, o que o levou a ser reeleito em 2010 foi o forte vínculo ao projeto petista no estado e no nível federal. Ao se contrapor ao grupo petista, colocou-se contra o projeto ao qual era vinculado anteriormente, perdendo capital político e apoio do eleitorado piauiense”, reforça.
Ostentando o fato de jamais ter perdido uma eleição em toda sua carreira política, Wilson ainda sofreu um processo de pedido de cassação no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, acusado de compra de votos, abuso de poder econômico e abuso de poder político. O ex-trator teve que lidar com a solidão de não ter mais poder. Amigos que antes andavam ao lado do ex-governador, passaram para o outro lado em uma velocidade impressionante.
 Átila Lira (PSB), por exemplo, é uma das figuras que completam esse quadro. Secretário de Educação durante a gestão de Wilson Martins, poucos dias após a derrota do companheiro, declarou estar à disposição do governador Wellington Dias e já fala inclusive em abandonar o PSB e montar um partido independente. Fiéis escudeiros, Heráclito Fortes e Wilson Brandão, ambos do (PSB), seguem juntos. E como diz Heráclito, "fundo de poço para político tem mola". O deputado federal eleito conta essa frase fazendo alusão ao período em que derrotado, ficou sem poder. De senador pelo Democratas, ao nada em 2014. Este ano ele volta a ocupar uma vaga na Câmara Federal.

Sem poder, Wilson Martins ficou isolado. Após a campanha, o ex-governador decidiu viajar para o exterior
O isolamento de Wilson foi sentido ainda cedo. Quando entregou sua faixa de governador para Zé Filho, ele deixava ali também um Wilson com poder. Quando foi embora no seu carro particular e cercado de apenas alguns poucos profissionais de seu staff, Martins se travestiu de um político fracassado. Ao lado da esposa e dos filhos, entrar num veículo sem ter o assédio da imprensa e papagaios de pirata, nunca foi tão fácil e doloroso. Um outro exemplo de como um parlamentar pode cair no esquecimento. O mesmo Olésio Coutinho que defendia a expulsão de Wilson do PSDB em 1994, foi vereador em Campo Maior e em Teresina durante seis mandatos. 

Calado, nunca conseguiu chegar à presidência da Casa. Sem poder, Olésio acabou por não conseguir se eleger na última disputa e até hoje vive isolado politicamente. Força para voltar não tem mais.

HOSPITAL DA FAMÍLIA AJUDOU NA DERROCADA DA CAMPANHA AO SENADO
Uma derrota tão dolorida também teve colaboradores fundamentais para incrementar no processo articulado de queda. Mesmo cumprindo à regra todos os "truques" de marketing político ensinado pelo assessor Fenelon Rocha, Wilson Martins se deixou levar pelos ataques do concorrente Gustavo Henrique (PSC). A campanha foi intensa e de baixo nível. 

Com isso Elmano se sobressaiu. Uma das graves acusações feitas, era de que Wilson estaria montando um hospital com recursos oriundos de desvios da máquina estatal. Como resposta, ele disse apenas que a obra era de responsabilidade dos filhos, que são médicos. Por outro lado a esposa, deputada estadual eleita em 2006 com votação recorde, pouco mais de 55 mil votos, Lílian foi nomeada para ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado. 

Escolhida pela Assembleia que vota de acordo com as ordens do governador, a deputada conseguiu ter 25 votos, e foi remanejada para o cargo de Conselheira. Após assumir o cargo, a ex-deputada chegou a ser afastada por 21 dias por decisão da Vara da Justiça Federal do Piauí e retornou somente depois da liminar ser cassada pelo desembargador federal do Tribunal Regional Federal.  Ainda em 2015, Lílian continua no cargo de Conselheira.

A esposa Lílian Martins sempre foi bastante ligada a família
Para o sobrinho, e agora deputado federal eleito, Rodrigo Martins (PSB), o tio sempre foi um político de ouvir e de tomar decisões pensando no coletivo. “Atualmente ele está viajando para o exterior. Não tive muito contato com ele nesses últimos dias e respeito sua posição. O que sei é que tudo que decidia e decide dentro do PSB ou do Governo, passava pela opinião de todos. Ele sempre ouviu o colegiado”, destacou.

Outros dois quesitos foram preponderantes para a queda. Mesmo sendo fiéis as ordens de Fenelon Rocha, a entrada de empresários do setor comunicacional que se passavam por assessores, mas que queriam apenas arrancar dinheiro do Governo, atrapalhou as estratégias adotadas pela equipe oficial. A cereja do bolo veio com a morte do carismático Eduardo Campos (PSB), presidenciável que faleceu em um trágico acidente aéreo ocorrido em Santos, litoral de São Paulo. 

Amigo de Wilson, a dobradinha era dada como vitória certa no Piauí, mas a entrada de Marina Silva na disputa após a morte de Campos trouxe à tona diversos problemas ideológicos dentro da conjuntura partidária. Um bom exemplo está no fato de Marina repugnar a presença de Heráclito Fortes em seu palanque durante comício no Theresina Hall. Wilson também teve sua imagem muito atrelada a Zé Filho (PMDB), seu vice que assumiu no início de 2014, e impôs sua candidatura à reeleição, mesmo após Wilson apresentar Marcelo Castro (PMDB) como seu candidato durante viagens ao interior.

Blocão formado por PMDB, PSDB e PSB pode ter sido erro estratégico para campanha de Wilson Martins
Ter formado o ‘blocão’ com diversos políticos e com grandes partidos, pode ter sido um dos fatores responsáveis pela derrota na eleição. Vitor Sandes destaca que foi uma manobra arriscada, e que não deu certo. “Política é risco. O PSB, o PMDB e o PSDB estadual arriscaram montar uma coligação tendo em vista desbancar Wellington Dias e o PT estadual. 

As chances eram reais, pois, no ano eleitoral, o grupo detinha o Governo do Estado e a Prefeitura de Teresina. Considerando somente esses dois aspectos diria que as chances de vitória eram reais. No entanto, o grupo foi duplamente derrotado, tanto no pleito para governador quanto para o Senado. Se fosse apontar um erro estratégico do grupo (e aqui incluo o ex-governador Wilson Martins) diria que não foi o de se colocar em oposição ao PT e, consequentemente, ao Wellington Dias, mas de ter protelado a formação da chapa governista, com a indicação dos aliados e, principalmente, do candidato ao Governo do Estado”, ressalta.

Morte de Eduardo Campos provocou desespero no PSB e foi primeiro indício da queda de Wilson Martins
Conhecido como trator durante toda sua gestão, Wilson esteve bem próximo de compor a cúpula nacional do PSB. Apadrinhado por Eduardo Campos, ele já em pré-campanha ofereceu um jantar ao presidenciável em sua residência oficial, no bairro Morada do Sol, zona Leste de Teresina. Com a presença de diversos políticos da capital e do interior, Marcelo Castro, Wilson Martins e Campos, posavam com candidaturas despontadas e sólidas. No escuro, até porque energia elétrica e problemas com a Eletrobras foram constantes em sua gestão, o jantar virou a noite. Ao fim, apenas amigos pessoais, que em uma mesa com pouco mais de cinco pessoas, ficaram e beberam até amanhecer. Wilson comandava a garrafa.

Morte de Campos deixou Wilson Martins abalado
A fama de trator caiu por terra. Os números das urnas em 2014 mostraram um Wilson traído por suas bases eleitorais. Elmano conseguiu quase o dobro de votos do concorrente. Como governador do Estado, Wilson Martins entrou para a galeria como sendo o primeiro que não conseguiu se eleger para o Senado.

Vitor Sandes finaliza afirmando que a volta por cima pode ser difícil, e que o caminho mais fácil poderia ser uma possível reaproximação com o grupo governista. “A política estadual permite pouco espaço para políticos oposicionistas. Essa é uma característica dos subsistemas políticos estaduais brasileiros. A dependência dos políticos e dos partidos em relação aos recursos disponibilizados pelo Executivo estadual (cargos, políticas etc) gera uma tendência ao governismo. Diante disso, diria que uma possibilidade seria uma reaproximação ao grupo de Wellington. 

Os custos políticos dessa reaproximação seriam relativamente baixos e garantiriam possibilidades reais para as eleições de 2018. Se optar pela oposição declarada, os custos políticos de retomar a carreira política serão mais altos, considerando os aspectos estruturais que condicionam a atuação de políticos e partidos na arena política estadual”, conclui.

Fora do governo e sem mandato, Wilson está se preparando e planeja voltar para vida pública
"Vamos construir nosso próprio caminho, para alcançar o destino que escolhemos ter. Vamos tomar as rédeas de nossa trajetória, porque somos donos de nosso destino, somos comandantes de nossas almas. Ao futuro. Ao sonho. À realização de nossas metas e nossos desejos". Finalizando o discurso de posse de 2011, Wilson Martins, que atualmente está no exterior em busca de reciclagem para voltar atuar como médico, poderá se inspirar no que um dia já disse e quem sabe voltar à política e surpreender em pleitos futuros.

Fonte:  Repórter: Manoel José - OOLHO

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