São
João dos Patos é um município brasileiro do estado do Maranhão.
Foi a primeira cidade maranhense a ter uma mulher no cargo de prefeita municipal, Joana da Rocha Santos, Dona Noca foi nomeada em 1934 pelo delegado
do governo federal no Maranhão.
Ostenta
o título de capital dos bordados no Maranhão, pela qualidade das peças
produzidas e por ser a confecção artesanal de bordados uma atividade
predominante entre suas mulheres, uma prática hereditária que já faz parte da
cultura local.
Por
sua relevância socioeconômica, geográfica e política, ocupa a posição de centro
de zona na rede urbana maranhense, exercendo influencia
sobre diversas cidades da sua região. Na divisão político-administrativa do
Estado do Maranhão em 32 Regiões de Planejamento, a cidade é a sede da Unidade
Administrativa Regional da Região de Planejamento do Sertão Maranhense,
composta por 9 municípios limítrofes.
Está
entre os três únicos municípios maranhenses a conquistar a certificação Selo Unicef
Município Aprovado por três vezes consecutivas, em todas as edições do projeto
até então, um reconhecimento internacional pelo resultado dos seus esforços na
melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes.
O
município de São João dos Patos surgiu na primeira metade do século XIX, com a
ocupação da região por criadores e lavradores oriundos do município de Passagem
Franca, atraídos pela fertilidade das terras. A aglomeração
iniciou-se entre duas lagoas denominadas de "Lagoa de São João" e
"Lagoa dos Patos", por esse motivo recebeu seu primeiro nome LAGOAS.
Posteriormente, influenciado pela veneração, por parte dos moradores da
localidade de São João Batista, que se tornaria o Padroeiro da cidade, e com
isso, passou a se denominar a localidade de" Lagoa de São João "mais
tarde São João dos Patos".
Teve
como prefeita Joana da Rocha Santos
considerada a primeira prefeita do Brasil, mulher que se tornou lenda na região, por uma visão
evolutiva para seu tempo. Durante muitos anos existiu na cidade uma disputa
política local por dois grupos, os ``aleixeiros ´´ e os `` xeleléu ´´.Na cidade
existe desde sua fundação uma família política muito forte e influente a nível
de estado, em que já teve deputados estaduais, como Turíbio Socha Santos, Dona
Noca, o ex-prefeito Celso Rocha Santos e seu sobrinho Celso Antonio da Rocha
Santos Sobrinho, entre outros. Na época das eleições a nível municipal, a
cidade vive um clima bastante quente, pois a disputa é extremamente acirrada.
Em meados dos anos 50 o Maranhão
vivia dominado pelo coronel Vitorino Freire, na eleição a oposição lançou
Saturnino Belo e o atual governador lançou Eugenio Barros, que saiu derrotado,
mas o coronel conseguiu anular 16 mil votos através do TSE, o que daria vitória
ao governista. Saturnino Belo morre de um enfarte fulminante e fica acertado
que não haveria eleições suplementares, proclamando Eugenio Barros governador,
tendo sua posse adiada para março. Só que Eugenio Barros convocou forças
federais para a capital, a fim de garantir sua posse em 28 de fevereiro,
descumprindo o acordo.
Na capital estouraram levantes contra a arbitrariedade,
levando São Luís a ser conhecida como " a ilha rebelde ". Mas não era
só a capital que era rebelde, lá no sertão também estourou a revolta das
Oposições Aliadas lideradas por Joana da Rocha Santos a "Dona Noca "
em São João dos Patos, diz a história que sua casa era o quartel general dos
revoltosos. Foi preparada uma reação com um deslocamento de tropas, com cerca
de 12 mil homens que iriam rumo à São Luís para derrubar Eugenio Barros.
Havia
uma senha, que seria o sinal de alerta para estourar a revolta que era: "
Adélia será operada dia 18 ", só que as tropas foram derrotadas pelos
PM´s, mas Raimundo Bastos, "o comandante Bastos" do Exército da
Libertação não foi preso e a revolta foi reprimida.
A deputada Helena Barros
Heluy (PT) homenageou Joana da Rocha Santos, Dona Noca, primeira prefeita do Brasil, conforme registro de estudos e
pesquisas sobre a presença feminina na política brasileira. O discurso de
Helena, na Assembleia Legislativa, marcou a passagem dos 40 anos do falecimento
de Dona Noca, em 1970, na cidade de Floriano (Piauí).
“Uma das figuras femininas mais expressivas da história da caminhada da mulher em terras do Maranhão e por que não dizer mesmo, do Brasil”, acentuou Helena, que chamou atenção para o fato de Dona Noca não ter chegado à prefeitura por eleição direta, visto que chegou ao cargo de prefeita nos anos 30, em plena ditadura Vargas.
“Uma das figuras femininas mais expressivas da história da caminhada da mulher em terras do Maranhão e por que não dizer mesmo, do Brasil”, acentuou Helena, que chamou atenção para o fato de Dona Noca não ter chegado à prefeitura por eleição direta, visto que chegou ao cargo de prefeita nos anos 30, em plena ditadura Vargas.
Dona Noca nasceu em 18 de
dezembro de 1892, em São João dos Patos, cidade que administrou e onde foi
sepultada. “Eu entendo que é muito importante a Casa política do Maranhão,
nesta data, poder ouvir este registro que se faz, numa dimensão e perspectiva
política, também, à questão da mulher na luta pela construção de uma sociedade
democrática”, afirmou.
Dona Noca exerceu, por muitos anos, cargos da administração de São João dos Patos, além de ter sido comerciante e industrial, destacando-se como uma personalidade marcante no seu tempo, motivo que faz com que, até hoje, sua história seja reverenciada no mundo da política.
Dona Noca exerceu, por muitos anos, cargos da administração de São João dos Patos, além de ter sido comerciante e industrial, destacando-se como uma personalidade marcante no seu tempo, motivo que faz com que, até hoje, sua história seja reverenciada no mundo da política.
Helena destacou que uma das razões para a
reverência à figura de Dona Noca era sua postura firme e decisiva, mas
extremamente humana e com um olhar voltado, sobretudo para os mais pobres. Para
Helena, esses são aspectos e questões que precisam ser bem examinados e
tratados na sociedade de hoje.
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