Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

TRAGÉDIA ANUNCIADA – BOATE KISS, O BEIJO DA MORTE.



TRAGÉDIA ANUNCIADA – BOATE KISS, O BEIJO DA MORTE.

                        Meus amigos e amigas leitores (as), sem perder o foco da tragédia em Santa Maria - RS, não é minha intenção incumbir a (as) responsabilidades a quem quer que seja, pois o que estamos presenciando entre os órgãos competentes, é o "jogo de empurra, empurra" entre as autoridades daquela cidade universitária.

            Este artigo em questão é a politização dessa tragédia, que teve o começo pelos meios de comunicação com matérias pusilânimes e correlações estapafúrdias. Esperamos que mesmo com a presença da nossa presidente Dilma, não tenhamos assuntos com tendência de politização e sim de se buscar soluções as causas que objetivou a tragédia que ceifou a vida de tantos jovens.

            Era uma ratoeira humana. Todo mundo sabia disso. Proprietários, Bombeiros, Prefeitura, todos tinham ciência de que não havia saída de emergência capaz de proporcionar uma evacuação segura em caso de necessidade. Foi negligência da mais pura. A responsabilidade se estende também à reitoria da UFSM que mantinha uma parceria com a boate para a realização desses eventos. Cientes do grande público a ser reunido no local, sequer tiveram a preocupação de verificar previamente a adequação do local às normas de segurança vigentes.

            Depois de ver reportagens e mais reportagens sobre esta tragédia, homenagens aos mortos em todo o país, resta para mim uma perguntinha básica: quantas boates ou casas de shows poderiam estar funcionando no Brasil se as mais elementares regras e normas de segurança fossem minimamente respeitadas? Quantos fiscais de prefeituras e de outros órgãos, oficiais ou não oficiais fizessem respeitar as normas exigidas por lei, se não pela lei, pelo menos pelo bom senso? Quantos “empresários” estariam um pouco menos ricos se se preocupassem mais com seu público e menos com seus lucros, de tal forma a serem os mais interessados em que se cumprisse cada norma de segurança em seus “empreendimentos”?

… a primeira idéia que me ocorreu depois de assistir aos meios de comunicações televisivos, principalmente aos “especialistas globais em segurança” foi sugerir aos técnicos que se desenvolva um sistema de detecção de fumaça que acione as portas de saída automaticamente, abrindo-as ao primeiro sinal de fumaça no ambiente, independentemente da ação de seguranças ou responsáveis por bilheteria….pois apenas uma vida que se salve em casos semelhantes ao de Santa Maria já terá um valor muito maior que todo o prejuízo financeiro que a boate possa ter ao longo de toda sua existência…

            As leis são essencialmente bem elaboradas e invariavelmente DESCUMPRIDAS e o resultado todos nós conhecemos, embora didático ninguém aprende nem pela dor. Vou dar aqui apenas um exemplo: Quem se lembra de um incêndio que aconteceu no palco em pleno programa da Xuxa ao vivo e a cores? Será que qualquer semelhança é mera coincidência?

            A espetacularização da tragédia me fez recordar de um triste comentário sobre o que é notícia. Se num acidente morre uma pessoa só, não é notícia. Se morrem cem, aí sim, é notícia. O contraponto a isso encontramos no poeta inglês John Donne, preocupado na época com as guerras civis na Inglaterra: ” Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade”. Isso foi usado por Hemingway no seu romance Por quem os sinos dobram.
            O problema é que existem milhares de boates, festas e eventos que não proporcionam segurança ao público. Que os bombeiros, em todo o país, colham as lições desta tragédia e passem a exigir, realmente, que todos os lugares com aglomeração de pessoas, tenham portas de segurança liberadas. Atenção – não vale colocar seguranças armados para impedir o público de sair correndo em caso de calamidade.

            Não tenhamos dúvidas que É TRÁGICO DEMAIS PARA FICAR POR ISSO MESMO, infelizmente "poderá" acontecer algo semelhante em mais algum lugar, mas está na hora das Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais começarem a se preocupar e aprovar Leis Estaduais e Municipais que regule, RIGOROSAMENTE, estes tipos de eventos nas cidades. Que esta lei, tem que dizer quem é responsável pelo que Prefeito, sub-prefeito, comando dos bombeiros, defesa civil, polícia, organizadores de eventos, empresas de segurança e por aí vai ESTAS MORTES TEM QUE DAR UMA LIÇÃO AO BRASIL.
Fonte: akinathon

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