Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Politicos florianenses - Vice-governador Francisco Ferreira de Castro

Francisco Ferreira de Castro (Nasceu em Floriano, 28 de junho de 1923) é um advogado e político brasileiro que foi eleito vice-governador do Piauí em 1954.

Filho de Cristino Raimundo de Castro e Maria José Ferreira de Castro, fez os primeiros estudos na sua cidade natal no Colégio Agrônomo Parentes, tendo ido para Fortaleza preparar-se para o curso de Direito onde seguiu par Minas Gerais, bacharelou-se em Direito em 1948 pela Universidade Federal de Minas Gerais

Advogado trabalhou em Teresina, e de lá seguiu para Brasília onde trabalhou junto à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP). Fundador de Brasília, e foi procurador-geral do Distrito Federal

Doutor em Ciências Politicas, foi Prof. Na UnB e fundador da OAB de Brasília –DF.
Portador do Titulo de 100 melhores professores do mundo. 

Iniciou sua carreira política em Floriano. Filiado à UDN foi eleito deputado estadual em 1950 e vice-governador do Piauí pelo PTB em 1954 na chapa de Gaioso e Almendra.

Em 1958 foi eleito suplente de deputado federal chegando a exercer o mandato em virtude de convocação. Sua esposa, Iracema da Costa e Silva de Castro, é filha de Osvaldo da Costa e Silva.


O Jubileu de Ouro da OAB-DF
Desafios para o futuro
           Por Francisco Ferreira de Castro
                      Advogado e ex-presidente da OAB/DF, 1967-1969  

Foram bem-vindas e merecidas as festividades comemorativas dos cinqüenta anos de instalação da Seccional da OAB no Distrito Federal,  ocorrido  no dia 25 de maio de 1960, poucos dias depois da inauguração da nova capital federal em Brasília.

O clima era de euforia patriótica e entusiasmo diante da realização do sonho do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, visando à interiorização do desenvolvimento e a integração nacional.

A esse movimento de extraordinária importância histórica e patriótica, uniu-se a OAB-DF desde o primeiro momento de sua criação, após a transferência da capital da Republica para o planalto-central do Brasil, onde passou a integrar a vida jurídica e cultural da cidade.

Pertencem hoje à história, os principais fatos que marcaram uma parceria de muitas lutas vitoriosas em prol da consolidação de Brasília, cidade moderna e de grande beleza arquitetônica, não só como urbs, mas também a pólis representativa e sede dos poderes da União Federal brasileira.

Em livro de nossa autoria, publicado sob o título (OAB/DF 40 ANOS – uma história de lutas e afirmação) procuramos fazer o registro histórico dessa trajetória ao longo do tempo da construção de Brasília, relembrando agora os momentos narrados a seguir: 

“Humanismo e técnica do advogado no desenvolvimento brasileiro” – tese à IV Conferência Nacional dos Advogados, realizada em São Paulo no ano de 1980, de autoria do advogado e ex-batônnier da OAB-DF, Antônio Carlos Osório; o período da Resistência Democrática em que a Ordem se envolveu durante o regime militar, quando, em depoimento do presidente nacional da OAB, Eduardo Seabra Fagundes, prestado à CPI do Senado Federal sobre “violência urbana” declarou, em resposta: 

“A Ordem é uma entidade equilibrada”; a construção do Estado Democrático de Direito, em que o advogado H.F. Sobral Pinto, então representante do DF no Conselho Federal da Ordem, lutou bravamente pela autonomia da OAB e das prerrogativas da advocacia no país; a anistia que possibilitou a pacificação da sociedade brasileira, a qual foi objeto de parecer do então conselheiro federal da OAB, José Paulo Sepúlveda Pertence; projeto de emenda à Constituição federal, de autoria do Senador Orestes Quércia, convocando a Constituinte de 1986, a qual foi objeto de parecer favorável do Conselho Federal da OAB, de nossa autoria, marcando a posição da entidade dos advogados brasileiros exigindo a redemocratização do país; o movimento das “Diretas Já”; eleição do Presidente Tancredo Neves; o “impeachment” do Presidente Collor de Mello. 

Outros registros históricos marcaram esse tempo como: a construção da sede da OAB/DF, a invasão do prédio da entidade dos advogados, nos estertores da ditadura militar pelo Comandante Militar do Planalto, general Newton Cruz e a resistência dos advogados brasilienses tendo à frente o então presidente Maurício Corrêa; debates sobre a melhoria do ensino jurídico, direitos humanos, justiça social sociedade justa, e mais. Foram momentos históricos que marcaram a vida da OAB não só como instituição pública como também entidade da classe dos advogados, a nível local e nacional.

Em verdade, a vida das pessoas e das entidades, assim como a das comunidades humanas são feitas de momentos e somente ganham maior dimensão e credibilidade quando baseadas em fatos, documentos e depoimentos históricos de pessoas idôneas que testemunham sobre épocas passadas para o conhecimento das gerações presentes e futuras. É o que ocorre conosco, que vivemos em Brasília desde a sua inauguração.  

Foi edificante ver como os jovens advogados dirigentes da OAB/DF, sintonizados com os sentimentos de indignação e rebeldia contra a corrupção que existia na administração pública de Brasília, vieram a público e pediram o afastamento imediato dos governantes e parlamentares envolvidos no escandaloso esquema da propina administrativa denunciado pela TV. Por iniciativa da presidente Estefânia Viveiros, continuada com êxito por Francisco Caputo, atual presidente da OAB/DF, com o apoio do Poder Judiciário, Brasília livrou-se dessa situação vexatória e inaceitável.

Sem dúvida, os desafios postos à OAB serão enormes, face aos desequilíbrios e demandas dentro da sociedade em que vivemos, em constante crescimento, como está ocorrendo atualmente para atender às necessidades do desenvolvimento que virá com o Pré-sal, a conquista e o desenvolvimento sustentável da Amazônia, Copa do Mundo em 2014 e próximas Olimpíadas, em meio a um mundo globalizado. Daí porque os advogados devem estar capacitados para atuar em todos os setores de atividades sociais a que forem chamados, com absoluto comportamento ético-profissional, preparo intelectual e técnico-científico.

Na profissão de advogado, de par com os grandes escritórios de advocacia hoje existentes, são inúmeros os exemplos grandiosos desta conduta, bastando assinalar entre os de maior notoriedade Rui Barbosa, o patrono dos advogados, e Sobral Pinto, a quem o ministro Victor Nunes Leal reconheceu, em Oração pronunciada em Vitória (ES) em 11/08 de 1980 que “como advogado, só tem paralelo no grande paladino das causas públicas, das liberdades, da democracia, Rui Barbosa. Pois Sobral Pinto era um homem “diante de quem se ajoelha, como ante um santo, marcado pelo sofrimento e pela glória”.

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