Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


segunda-feira, 5 de maio de 2014

A tática da falsa relação amistosa da oposição

O cenário político no plano nacional se apresenta com Dilma Rousseff buscando a reeleição e a manutenção do projeto de poder do PT, Aécio Neves representando o PSDB e Eduardo Campos (PSB) com apoio de Marina Silva.

A tática da oposição está clara e em curso: tornar Aécio e Campos-Marina uma única voz, como se fosse um único voto. Ou seja, que o eleitorado vote em ambos, como voto de protesto e descontentamento com os rumos do país. 

Por isso os candidatos oposicionistas aparecem juntos em eventos públicos, se elogiam, fazem discursos muito próximos, quase idênticos. O objetivo é apresentar uma oposição “unida” em prol do Brasil. 

Pura balela e tática eleitoral. Apesar de terem em comum a crítica e objetivo de derrubar o PT do Palácio da Alvorada, não conseguirão levar esse clima amistoso muito longe.

Primeiro, porque têm projetos (que ainda não apareceram) diferentes. Divergem no campo econômico. Aécio se ganhar a disputa presidencial, tende a mudar muito a cara do governo. Campos é mais cauteloso e reconhece os avanços. Seria menos ortodoxo do que Aécio.
Segundo ponto é a própria corrida eleitoral. Se houver 2º turno, Dilma estará lá. E só restará uma vaga. Um ficará de fora. Quem? 

Por isso Aécio terá que atacar e vencer Campos. O contrário também é necessário. O clima amistoso e de sintonia deverá ter validade. O confronto é inevitável. 

Campos tem um cabo eleitoral de peso: a ex-senadora Marina Silva. Na última disputa, em 2010, conseguiu 20 milhões de votos. Essa musculatura não tem garantia de retorno. Mas coloca Campos com grandes chances de chegar ao segundo turno por conta do apoio de Marina.

Aécio Neves conta com apoio da mídia para se manter competitivo. Diferentemente de outras disputas em que o PSDB não tinha concorrência, conseguia chegar sem muitos esforços ao 2º turno, desta vez não terá essa garantia. Poderá, pela primeira vez em 20 anos, desde a polarização com o PT, ficar de fora da segunda fase da disputa presidencial. 

Por isso, o autofagismo da oposição deverá ocorrer sem sombra de dúvidas. O período amistoso tem data para acabar, pela própria sobrevivência política de ambos os candidatos. Dilma assistirá o conflito oposicionista de camarote, aguardando que sobreviverá.
 
Fonte: Blog do Professor
Postado por Henrique Branco

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