Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


terça-feira, 29 de abril de 2014

Cuidado com a formação da sua cultura - O melhor esclarecimento sobre o Brasil até hoje

Eu escrevi sobre isto há mais ou menos uns oito anos, mas o tema é tão forte e tão importante na vida das pessoas que acho que vale a pena falar sobre ele de novo, ainda mais considerado os novos leitores que sempre aparecem, ao longo dos anos.
 
Um dos maiores patrimônios que devemos tratar com o maior cuidado, carinho e muita seriedade é aquele que ninguém pode retirar da gente, que é o nosso conhecimento e a nossa cultura.

Ora, Alamar, mas o melhor cuidado que devemos ter para com o conhecimento e a cultura é a busca incessantemente por eles, procurando aumentar cada vez mais, não é verdade?
Não. Não é verdade. Não é só isto.

Ir em busca da informação e da leitura para aumentar o conhecimento e a cultura não é o suficiente, o importante e indispensável é a atenção com a qualidade da informação que vem a ser acrescentada na nossa cultura. 

Qualidade da informação? Mas o ler e o estar antenado, como se fala atualmente, acompanhando sempre os noticiários e estudar sempre, não é o suficiente? A que qualidade você se refere?

Ao cuidado de analisar sempre, com todo o critério possível e toda a inteligência que Deus lhe deu, a fonte da informação, a origem da informação, a autenticidade da informação e a condição como a informação foi produzida.

Por exemplo: Você tem formada a sua cultura acerca da História do Brasil, não tem? Ensinaram pra gente no colégio que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, que Pero Vaz de Caminha escreveu aquela carta ao rei de Portugal, falaram sobre os bandeirantes, sobre Mem de Sá, Tomé de Souza, Martin Afonso de Souza, sobre os nossos índios, falaram sobre o Padre José de Anchieta, sobre Tiradentes, Dom João VI, Pedro I, Pedro II, Princesa Isabel, Quintino Bocaiúva, Duque de Caxias... etc. etc. etc.

Pronto, a partir daí você formou o seu conhecimento e formatou a sua cultura com base naquilo que lhe foi passado no ensino básico, não foi?
Formou inclusive a relação dos HERÓIS brasileiros, ensinados pelo colégio.
Que beleza, né?

Já se deu ao trabalho de perguntar a você mesmo se as histórias aconteceram exatamente do jeito que lhe contaram?
Já se perguntou se aqueles que foram colocados como heróis foram de fato heróis e homens dignos?

Há histórias e estórias.
Vou citar apenas alguns exemplos para entender bem:
Mem de Sá, por exemplo, é tido como herói e tem até ruas com o nome dele no Brasil. Você já se deu ao trabalho de estudar profundamente quem verdadeiramente ele foi? Simplesmente um dos maiores matadores de índios brasileiros da história.

E o Duque de Caxias, você já procurou se aprofundar melhor na história? Não se pode formar conclusões honestas sobre ele sem procurar ouvir o povo paraguaio, concorda?

Procure então ler a versão deles. Não é porque ele foi brasileiro que vamos ser irresponsáveis em formar cultura apenas escrita por brasileiros, porque isto é alienação e irresponsabilidade para conosco mesmo.

Não vamos muito longe: Se o nosso atual Ministério da Educação, que está aí sob um comando filosófico há mais de 10 anos, resolver tomar a iniciativa de colocar historiadores para escrever a história dos últimos 40 anos do Brasil, a fim de publicar livros escolares e deixar registrado para formação da cultura das futuras gerações, obviamente esses historiadores vão ter que escrever conforme as conveniências do sistema atual de governo do Brasil.

José Dirceu, José Genuíno e Delúbio Soares, por exemplo, serão reportados na história como HERÓIS BRASILEIROS, perseguidos políticos e presos injustamente. Todos os militares brasileiros serão reportados como verdadeiros monstros. Che Guevara vai ser passado como herói internacional, certamente melhor que Gandhi.
O que vai acontecer?

As gerações futuras vão absorver isto como sendo verdade, do mesmo jeito que milhões de brasileiros hoje acham que Lampião foi mesmo um bandido sanguinário, que Duque de Caxias foi herói, e qualificar vários outros que nunca foram bandidos como tendo sido bandidos e outros que nunca tiveram qualquer ato heróico como heróis.

Poxa, Alamar, agora você está dando um nó na nossa cabeça!
É o que certamente algumas pessoas dirão, naturalmente.
Aquela história de José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, você tem certeza de que foi daquele jeito mesmo?

É como a história bíblica: Você tem certeza de que aquela passagem de Jesus com a figueira foi mesmo daquele jeito? A sua inteligência dá espaço para você aceitar aquilo, daquela forma?

Em qualquer briga em que morre um dos dois, o que morreu sempre fica como vítima e o que ficou vivo, como o bandido. Inclusive o que fica vivo sempre vai preso.

Você já procurou pensar nisto? Em muitíssimos casos o que morreu foi o verdadeiro  bandido, o que ficou vivo é que foi vítima dele.
Só que esse tipo de visão só pode ser alcançada por gente inteligente, gente que raciocina.

Você já ouviu dizer que quando Dom Pedro I recebeu a carta, que o irritou demais e o fez proclamar a Independência do Brasil, às margens do Ypiranga, ele estava agachado descarregando uma terrível diarréia? Consta que dali mesmo ele se levantou, sem lavar nada, levantou a calça, subiu no cavalo e deu o grito. 

A história e os fatos são relatados conforme conveniências

Todos temos que estar atentos a isto, de olhos bem abertos e atenção muito apurada.
Se até a Bíblia, que é um livro considerado SAGRADO, o qual muitos até chegam a afirmar que é a palavra do próprio Deus, é adulterada vergonhosamente, em suas diversas “traduções”, com interesses religiosos para denegrir idéias outras que não coincidem bem com os seus interesses; se ela, mesmo sendo considerada palavra de Deus, passa por isto, imagine as diversas outras literaturas que não tem o peso do Criador.

Há quem pregue que Che Guevara fora herói, homem bom, justo e pacífico, e o pior é que há milhões que acreditam nisto.
Escrevo novamente neste artigo algo que já contei aos meus amigos mais de uma vez:
Com vinte e poucos anos, muito jovem, eu fui colocado na direção de uma emissora de televisão, afiliada da Globo, numa grande capital brasileira, com razoável influência em todo o estado. 

Na época o público da região só tinha disponível dois canais de televisão para assistir; o meu, que era a Globo, e o outro que era a Tupi. Não existia internet e nenhum outro meio de diversão para o povo que tinha que ver televisão, cuja audiência era muito maior que a dos dias atuais.

Eu vivia num conflito enorme quando recebia ordens dos donos para badalar gente sem vergonha, ruim e comprometida moralmente, só porque tinha dinheiro ou atendia as conveniências do grupo, ao mesmo tempo em que era sugerido também a lançar dúvidas na população contra pessoas de bem, só porque essas não agradavam ao sistema.

Era terrível isto. Assim que começou esse negócio de horário do T.R.E. na televisão, quem fazia a programação e distribuição dos horários para os candidatos era eu. Não existia o controle que há hoje, feito pelo próprio TSE, porque tudo era novidade no Brasil. Então, eu poderia fazer o que quisesse ali, como de fato cheguei a quebrar o galho de pessoas que chegassem mais próximas, simplesmente por amizades.

Ao contar isto eu não quero aqui endossar essa maluquice que inventaram nos dias de hoje, com essa conversa fiada de “imprensa golpista”, porque não é a mesma coisa. Hoje a variedade dos diversos veículos de imprensa, sobretudo aqueles de nível nacional, com suas independências, não dá mais espaço para esse tipo de coisa.

Cuidado com obras escritas por radicais e pelo ódio

Este problema é mais sério do que você pode imaginar. Livros e matérias feitos por radicais e tendenciosos é uma desgraça.
Outro dia um conhecido me chamou num chat alertando-me para ler o livro “Privataria Tucana”. Eu disse pra ele que já tinha lido esse livro e que agora iria ler o do Romeu Tuma Júnior, “Assassinato de Reputações”.
 Ele ficou danado comigo, só pelo fato de saber que eu iria ler também um livro contrário à ideologia partidária que ele tem, se é que ainda existe ideologia em alguns partidos. 

Se você tem respeito pela sua inteligência procure sempre ler, escutar e avaliar os dois lados da história, a fim de verificar o que é história e o que é estória. É como o exemplo do Duque de Caxias que eu dei. O que faz a história ficar mais próxima da verdade, daquilo que de fato aconteceu, é ouvir também a versão do povo paraguaio.

Só que os imbecis partidários não querem saber disto, eles querem que sejam ouvidos apenas os lados deles, porque se acham donos EXCLUSIVOS da verdade.

Imagine um livro escrito pelo padre Quevedo, falando de Espiritismo. Que tipo de cultura alguém espera obter lendo uma obra dessa?

Consta que um escritor argentino escreveu um livro com objetivo de querer provar que o Maradona foi melhor que o Pelé. Para dar respaldo às suas idéias ele se colocou como um dos mais entendidos de futebol do mundo.

O famigerado “politicamente correto”

É claro que você já ouviu falar nisto. O “politicamente correto” é uma das expressões mais sem vergonha e descaradas na cultura de um povo, que é a orientação que recomenda a gente dizer e escrever apenas o que nos deixa “bem na fita”, como dizem os jovens de hoje.

Vários amigos, pessoas queridas, que sei que gostam de mim, já me sugeriram, dentro das melhores intenções: 

“Alamar, você precisa ser mais político em algumas coisas que você escreve. Estou falando para o seu próprio bem”.
“Sabemos que estas coisas são verdades, mas não devem ser divulgadas, não é conveniente falar, é melhor não dizer nada”.

A obedecer isto, antes de enviar qualquer escrito para o meu público leitor, eu teria que passar pelo seguinte crivo:

1) O meu escrito tem que DAR A IMPRESSÃO à pessoa de que eu sou um homem bem bonzinho, caridoso, espiritualizado, evoluído e cheio de valores elevados a fim de angariar o maior número possível de simpatias.
2) Eu teria que fazer esse público todo gostar de mim, o máximo possível, a fim de que o maior número de pessoas compre meus livros e todo material que eu vendo, porque me adora.

É exatamente isto que a pessoa política faz, ela não tem compromisso com verdade, o seu compromisso estratégico é com o “impressionar os outros”.
O Alamar teria que partir do princípio que todos os seus leitores são trouxas, imbecis e que se deixam levar por aparência, só isto.

O cidadão fantoche

É aquele que se submete a fazer parte do que se chama de “massa de manobra”.
É o indivíduo possuidor de baixa escolaridade, reduzida capacidade de raciocinar, pouca cultura, cérebro atrofiado porque não é dado a exercitá-lo com pensamentos racionais, preguiçoso para pensar, superficial em tudo, não lê, não pesquisa, não compara e permanece estacionado no mesmismo de cada dia.

É aquele que ocupa grande parte do seu tempo a falar de futebol, que cai facilmente em um bom papo.

Esse é o cidadão fantoche que os espertalhões aproveitam para usá-lo conforme as suas conveniências:

O religioso inescrupuloso o leva no papo, dizendo que ele é pobre por culpa de alguém (nunca por culpa dele mesmo), e esse alguém geralmente é o Satanás. Daí a proposta para se livrar dos males e das tentações que o mantém no desconforto é a sua igreja, onde ele deverá deixar o pouco dinheiro que tem.

Pronto. A partir daí ele entra num processo de ilusão achando que Jesus vai fazê-lo ficar rico, sem precisar que ele faça nada diferente do que sempre fez.
Outro manipulador desse cidadão é o elemento político populista e assistencialista, que se aproxima dele, leva do papo, finge ser seu amigo, diz ter pena dele e disposto a ajudá-lo, o coloca como vítima de sociedade, elege um outro “satanás” para que ele o veja como responsável pelo seu insucesso na vida, que é um pequeno segmento da sociedade, o qual denomina como “elites”, e faz com que o pobre coitado o veja como seu protetor, que vai lutar pelos seus interesses, contra essa tal elite.

O religioso elege o Satanás, como o grande vilão, já o político elege a tal “Elite”, como o grande vilão. Tem sempre um vilão, nunca o cidadão tem culpa em nada.

O religioso quer o dinheiro da oferta desse cidadão, o político quer o voto, porque sabe que ele tem um título de eleitor

Doentes partidários

É uma desgraça você formar cultura ouvindo ou lendo o que diz um doente partidário.

O que é um doente partidário?
É aquele elemento radical de esquerda ou de direita. No Brasil têm muitos desses.

Ele é parcial e radical demais e não tem qualquer compromisso com o que podemos chamar de verdade verdadeira, que é a que interessa à formação de uma cultura autêntica. Ele defende à “verdade” criada pela sua facção partidária e quer que todo mundo se convença que aquilo é verdade verdadeira.

O doente partidário é como o toxicômano, ele se deixa viciar pela sua “ideologia” partidária que é uma doença tão danosa como o fanatismo religioso. Para curar do vício não é fácil. 

É aquele indivíduo que vê que a sua rua está abandonada, o seu bairro está um caos, a sua cidade está esburacada, o seu país está uma merda, mas, porque é o SEU partido está no governo, ele finge que não está vendo nada, passa atestado de idiota para os outros, outorga diploma de imbecil para si próprio e sai dizendo que está tudo bem e que as críticas e os protestos que se manifestam por um país melhor são iniciativas de fascistas, de golpistas e de oposições.

A paixão do brasileiro idiota pelo seu partido político é tão doentia e cegueira quanto aquela pelo Flamengo, pelo Corinthians, Vasco, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético, Inter, Grêmio... etc. 

Você já viu várias vezes na televisão as famosas guerras de torcidas, onde animais irracionais agridem e até matam torcedores do time adversário, porque as suas atrofias mentais só os vêem como INIMIGOS. Da mesma forma é o imbecil partidário, que vê todo aquele que não aprova as manobras do seu partido também como INIMIGO.

E é aí que eu pergunto: Que tipo de inteligência tem um cidadão que deixa a sua cultura ser influenciada pelas palavras de uma besta quadrada dessa?
É um perigo formar cultura com base em opinião de doente partidário, seja ele de direita, de esquerda ou de que tendência for.

Estratégias utilizadas para calar alguém
 
Durante muito tempo utilizaram a estratégia do “mandar matar”, mas já que isto ficou tão manjado, porque todo mundo termina sabendo que quem mandou matar um determinado comunicador com certeza foi alguém o qual ele mais criticava, fatalmente as investigações policiais hoje chegam ao mandante, facilmente, já que a inteligência da polícia científica está cada vez mais apurada e eficiente, estão investindo mais nos processos de difamação, ou seja, jogar o povo contra aquela pessoa, com calúnias do tipo:

 “é picareta”, “dá em cima da mulher dos outros”, “é sapatão”, “é viado”, “é envolvido com drogas”, “deu desfalque aqui ou ali”... etc.

Outra forma de calar a pessoa é boicotar os meios por onde ele fala. Se fala numa rádio, por exemplo, procuram checar se o dono ou diretor dessa rádio é venável, mercenário, e oferecem dinheiro para que ele demita o cara.

Em escala maior, quando a safadeza é em nível governamental, ameaçam cortar verbas públicas daquela emissora, a exemplo do que fizeram recentemente com o SBT para cortarem a palavra da jornalista Raquel Sheherazade.

Enfim, a estratégia de calar a boca de pessoas é algo muito sério, que ocorre em todos os segmentos da sociedade, seja no meio político, religioso, empresarial, etc...

As pessoas não podem deixar isto por menos. Toda vez que perceber que alguém que sempre falou e escreveu não está falando e nem escrevendo mais, procurem ir atrás, procurem saber onde a pessoa está e exija que a voz ou a escrita dela chegue até você, dizendo um veemente BASTA para os safados censuradores desonestos e de mau caráter. 

Lampião nunca foi bandido, Dom Hélder nunca foi comunista, a Rede Globo nunca apoiou torturadores e ditadura, Wladimir Herzog não se matou, nem todo militar durante o governo militar foi torturador, Juscelino não foi vítima de atentado na Dutra, Maria Madalena nunca foi prostituta, Jesus nunca disse "bem aventurados", Fernando Henrique nunca foi de direita, a indústria das multas não é para educar o trânsito, a elevadíssima carga tributária do Brasil não é para melhorar os serviços públicos, português nunca foi mais burro que o brasileiro... enfim, nem tudo aquilo que passaram pra gente como tendo sido de um determinado jeito foi exatamente do jeito como relatado, nem todos que foram colocados como heróis foram heróis coisa nenhuma, muitos verdadeiros heróis nem ao menos são citados pela história.
Para a sua apreciação. 

Fonte:Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas

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