Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


domingo, 16 de junho de 2013

Fome, miséria e seca é a nossa cara - o nordeste

Hoje temos tanta facilidade, que dificulta a falar sobre tal fato. Vejamos a luz para todos, enquanto vemos muitos jardins iluminados com luz e lâmpadas das mais altas tecnologias nas casas dos "barões e tubarões".

Casebres como estas são milhares espalhadas por esse mundão de Deus, e cadê as prioridades que sempre falam? os programas: Minha casa minha vida?
Qual a casa que não tem um aparelho de TV? Daí sentam se a frente para ver a nossa miséria, a nossa dor, as nossas lágrimas caindo na terra seca. Oh Deus tende piedade de nós. Quando chegamos aos hospitais? Cadê nossos direitos, tão solicitados, tão propalados em épocas que não se faz necessários lembrar?

Sim, sentamos ainda à frente da televisão para assistir jogos, Brasil versus não sei lá o que. Copa das Confederações, e a nossa Federação muitos de nossos "irmãoszinhos" passando e até mesmo morrendo de fome.
No próximo ano temos Copa do mundo no Brasil inclusive jogos que serão realizados em estados nordestinos. Será que teremos condições de vê algum daqueles jogos? Só mesmo pela TV.

A fome provém da falta de alimentos que atinge um número elevado de pessoas no Brasil e no mundo. Apesar dos grandes avanços econômicos, sociais, tecnológicos, a falta de comida para milhares de pessoas no Brasil continua. Esse processo é resultado da desigualdade de renda, a falta de dinheiro faz com que cerca de 32 milhões de pessoas passem fome, mais 65 milhões de pessoas que não ingerem a quantidade mínima diária de calorias, ou seja, se alimentam de forma precária. 

Número extremamente elevado, tendo em vista a extensão territorial do país que apresenta grande potencial agrícola. Mas isso é irrelevante, uma vez que existe uma concentração fundiária e de renda. Grande parte do dinheiro do país está nas mãos de somente 10% da população brasileira. 

O difícil é entender um país onde os recordes de produção agrícola se modificam de maneira crescente no decorrer dos anos, enquanto a fome faz parte do convívio de um número alarmante de pessoas. A monocultura tem como objetivo a exportação, pois grande parcela da produção é destinada à nutrição animal em países desenvolvidos. 

Mesmo com programas sociais federais e estaduais o problema da fome não é solucionado, o pior é que ela se faz presente em pequenas, médias e grandes cidades e também no campo, independentemente da região ou estado brasileiro. 

A solução para a questão parece distante, envolve uma série de fatores estruturais que estão impregnados na sociedade brasileira. Fornecer cestas básicas não resolve o problema, apenas adia o mesmo, é preciso oferecer condições para que o cidadão tenha possibilidade de se auto-sustentar por meio de um trabalho e uma remuneração digna.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola e
Tio Borges (Floriano-PI).

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