Finado Gregório: fé e devoção em 85 anos de história do motorista

Como a capital brasileira com maior número de católicos, Teresina não deixa de ter exemplos de pessoas que com o tempo se tornaram alvo de devoção para milhares de devoto como é o caso do Finado Gregório, que teve sua história apresentada no programa Religiosidade e Fé exibido nesta segunda-feira(16).

O jovem Gregório teve a infelicidade de atropelar o filho do delegado de Barras, Florentino Cardoso, conhecido por sua braveza. Ao tomar conhecimento da morte do filho, Florentino mandou prender o motorista e o torturou por três longos dias na prisão, sem receber comida nem água.

Ainda tomado pela dor da perda do filho, o delegado trouxe Gregório acorrentado até Teresina. Ao longo de todo o percurso, Gregório implorava por água, mas era inútil, pois nada amenizava o desejo de vingança de Florentino.

Ao chegar em Teresina, às margens do Rio Poty, no trecho que divide os bairros Cabral e Porenquanto, Florentino acorrentou o sedento motorista no tronco de uma árvore e o executou com três tiros nas costas. Gregório perdeu a vida diante das águas do Rio Poty, mas como estava amarrado, morreu implorando por água.

A estória do jovem Gregório Ferreira dos Santos comove teresinenses a 85 anos, a peregrinação até a árvore onde o motorista foi morto a tiros, levou a construção até de um monumento em forma de gota, que lembra os dias de sede e tortura antes de seu assassinato.

Flores, água, velas e ex-votos, essas peças que representam um agradecimento por graças alcançadas, reforçam a crençado povo no santo popular.

O processo de beatificação não foi adiante, mas independente do reconhecimento da igreja, para muitos teresinenses o finado Gregório é considerado milagreiro.

Na saga de Gregório a lição é a falta da capacidade de perdoar, um erro grave do pai do menino morto no acidente. O perdão é um fator característico da doutrina católica e cristã.

O programa faz parte da programação especial em alusão aos 160 anos de Teresina, realizada pela TV Cidade Verde.

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Da Redação

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