Cesar Leal foi morto em abril de 1996 (Foto: Arquivo Pessoal)
Acusado de ser o mandante do assassinato
do ex-prefeito de Altos Cesar Augusto Leal Pinheiro, o ex-vice-prefeito
Antônio Orlando da Silva vai a júri popular nesta terça-feira (27) em
Teresina. O crime aconteceu em 1996, quando a vítima foi atingida com
cinco tiros na cabeça dentro de casa no município localizado 40
quilômetros ao Norte da capital.
O Ministério Público pede a condenação de Orlando Silva. O promotor
Régis Marinho sustenta que o então vice-prefeito pagou R$ 50 mil pelo
homicídio de Cesar Leal. Para executar o crime, ele teria contatado dois
homens (Abimar Paixão de Sousa e Afrânio Paixão de Sousa), que
acionaram Francisco Alves Barbosa, o "Chico Pacajás", que contratou
Raimundo Nonato, o "Gordinho", responsável pelos disparos.
Orlando Silva, que vai a júri popular nesta terça-feira, passou um
mês preso pelo crime, mas acabou sendo solto. Ele também responde pelo
homicídio de um policial militar em Teresina - por essa infração, ele
chegou a ficar detido por quatro meses.
"O Ministério Público entende que há provas documentais e
testemunhais suficientes de que Antônio Orlando da Silva foi o
mandante", resumiu o promotor Régis Marinho, representante do MP no
caso.
Filha de Cesar Leal e atual prefeita de Altos, Patrícia Leal ainda
não sabe se comparecerá ao júri. Reservada quando o assunto é a morte do
pai, ele afirma que o assassinato ocorrido no dia 11 de abril de 1996
não sai de sua cabeça. "São lembranças terríveis. É uma coisa que não
vou apagar da memória de jeito nenhum", disse por telefone ao
CidadeVerde.com.
Patrícia Leal admitiu que ela e a família foram pegas de surpresa com
o júri desta terça-feira. "Ainda vou conversar com minha mãe e minha
irmã. A expectativa é de que seja feita justiça. É uma espera que já tem
quase 20 anos. Mas o júri popular pegou a gente de surpresa",
confessou.
flaviomeireles@cidadeverde.com
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