O
ecossistema clássico de informação, unidireccional e dirigido pelas elites
(politicas, económicas, mediáticas), foi sempre previsível. A participação da
sociedade civil no debate público produziu-se de maneira escassa e atendendo a
um modelo que prima pela simplificação e carnavalização da informação política.
Diante deste panorama, a irrupção das tecnologias de informação e comunicação
(TIC) provocaram o desterro das audiências e o surgimento dos públicos. Públicos
em crescente processo de autonomia, que questionam a própria passividade que
lhe atribuem meios de comunicação e se ativam criticamente diante do exercício
do poder. (José Manuel Sánchez Duarte e Bruno Carriço dos Reis.
Para
aprimorar os conhecimentos dos estudantes e a sociedade florianense em geral hoje à noite haverá uma palestra
no Teatro Maria Bonita as 20:00h, com o seguinte tema: VIGILANTES DO ECOSISTEMA, proferida pelo Professor, escritor, editor,
guadalupense Ronaldo Mousinho.
Ronaldo Alves Mousinho é natural de Guadalupe-PI, nascido aos
16/10/51, filho de Mauro Alves de Oliveira e de Maria Neusa Mousinho de Oliveira, tendo por avós paternos Matias Alves
de Oliveira e de Ana Tereza de Oliveira, e maternos Estanislau Lima Mousinho e
Maria Isabel Mousinho. Bacharel em Direito e Licenciado em Letras pela
Universidade de Brasília.
Professor concursado de Língua
Portuguesa e Literatura Brasileira, da Secretaria de Educação do DF,
aposentado; ex-Coordenador Pedagógico do Centro Educacional 02 de Ceilândia-DF;
Professor Dinamizador da Escola de Aperfeiçoamento para Professores-EAP do DF;
revisor e editor de livros; coordenou, quando diretor cultural da Associação de
Assistência aos Servidores da Fundação Educacional-DF, duas caravanas de
escritores à 7a Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, 1995 e a XIV Bienal
Internacional do Livro, a São Paulo, em 1996, em parceiria com a Secretaria de
Cultura do DF.
FOCO E ESTRATÉGIAS
1
- Cobrar do prefeito de Guadalupe e do governador do estado e
colaborarmos em ações reivindicatórias junto ao executivo nacional para a
edificação das eclusas, do projeto de construção da Hidrelétrica de Boa
Esperança, na cidade de Guadalupe-Piauí, pendência que vem causando,
desde a década de 1960, irreparável prejuízo à vitalidade do principal
rio do estado do Piauí – o Parnaíba, à economia das cidades ribeirinhas,
por força do êxodo compulsório das colônias
pesqueiras e da extinção do transporte hidroviário que antes daquela
hidrelétrica escoava a produção rio abaixo e rio acima. Com a possível
volta da navegabilidade, haverá mais uma opção para escoamento da
produção do agronegócio, como a do Platô Agrícola e agora da
TERRACAL-Alimentos e Bioenergia, esta filiada a uma multinacional, em
processo de instalação em Guadalupe, beneficiando as cidades
ribeirinhas, passando pela capital, chegando até ao litoral, com menos
custo, menos poluição ao meio ambiente e com muita geração de emprego. A
construção das eclusas trará vigor ao Velho Monge, hoje em gravíssimo
estágio de deterioração, e, talvez ressuscite o fenômeno da piracema,
extinto desde a construção daquela obra, na década de 1960, o que
repovoará de peixes o rio e trará de volta a prática pesqueira.
2
- Deflagrar campanha ostensiva, engajando toda a mídia da capital e das
cidades de Parnaíba e Luiz Coreia e suas populações, no litoral
piauiense, para salvar a Lagoa do Portinho, um tradicional e belo
atrativo turístico, hoje em iminente estágio de desaparecimento, por
exclusiva inércia do poder executivo daquelas cidades e o da capital
piauiense; e também reivindicar estrutura básica para preservação e para
a atividade turística da lagoa do Prata, no interior da cidade de
Parnaíba.
3
- Cobrar dos prefeitos e deflagrar campanhas de conscientização nas
mídias da capital e dos municípios para revitalização (limpeza e
reflorestamento das margens) e preservação dos 3 principais rios do
estado – O Parnaíba, o Gurguéia e o Poti, no perímetro das cidades que
banham, todos em elevado nível de assoreamento, devido ao desmatamento e
ao avanço indiscriminado das cidades até suas margens, e da
contaminação, particularmente do Parnaíba e Poti, no âmbito da capital
Teresina, devido ao lixo inaturo e até o hospitalar ali ainda hoje
jogados, uma deliberada ação destrutiva com aquela que foi o 1º berço da
vida planetária - a água. Cuidar daqueles 2 mananciais repercutirá
positivamente, tanto no estado quanto no país, como um gesto de elevada
civilidade e para o prazer e gratidão da comunidade.
4
- O agronegócio, ao tempo em que incrementa a economia, proporcionando
emprego e a produção de riqueza, traz, na mesma medida, o impacto
ambiental, com agressão ao ecossistema. E caso não sejam cumpridas as
contrapartidas para a preservação ambiental, eles trarão mais prejuízo
que benefício à população e à natureza. Razão porque é necessário
fiscalização, acompanhamento diuturno e divulgação para a população das
ações daquelas empresas pelo poder público, pois
o nosso estado não suporta nenhuma alteração do clima, que já se
encontra no limite tolerável. Garantir para os municípios e para o
estado a cota de riqueza que o agronegócio deverá deixar, por lei.
“Quando surgem eventuais riscos para o meio ambiente que afetam o bem
comum presente e futuro, esta situação exige ‘que as decisões sejam
baseadas num confronto entre riscos e benefícios previsíveis para cada
opção alternativa possível. Isto vale sobretudo quando um projeto pode
causar um incremento dos recursos naturais, nas emissões de descargas,
na produção dos resíduos, ou então uma mudança significativa na
paisagem, no habitat das espécies protegidas ou num espaço público”.
(Carta Encíclica, ibidem).
Está feito o convite, ele virá
acompanhado do Escritor, Dicionarista biográfico, historiador,
poeta e romancista Adrião José Neto.
Coordenado pelo Poeta, cantor e compositor José Paraguassú
Martins Cronemberger Reis.
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