Quadro pintado pelo artista Benedito Calixto em 1920 retrata o
jesuíta José de Anchieta escrevendo o 'Poema à Virgem', enquanto era
refém de indígenas no litoral brasileiro (Foto: Divulgação/Museu de
Anchieta)
Decreto seria assinado pelo Papa Francisco nesta quarta-feira (2).
Canonização deve ocorrer nesta quinta-feira (3), diz CNBB em nota.
Saiba mais
A canonização do beato José de Anchieta, conhecido como Padre Anchieta,
que estava inicialmente marcada para esta quarta-feira (2), foi adiada
para esta quinta-feira (3), segundo a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB).
"Informamos que a assinatura do Decreto de canonização do missionário
padre José de Anchieta foi transferida para esta quinta-feira, 3 de
abril, por volta do meio-dia (horário de Roma)."
A CNBB havia divulgado anteriormente que o Papa Francisco
assinaria um decreto nesta quarta-feira, no qual proclamaria santo o
jesuíta, que viveu no Brasil no século 16. A Arquidiocese de São Paulo
preparou uma série de atividades para celebrar o dia.
De acordo com o Vaticano,
para esta quinta-feira está marcado um encontro entre o pontífice e o
cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos,
responsável por todos os processos de beatificação e canonização
existentes na Santa Sé.
Santo, mas sem milagres
Quando canonizado, o Padre Anchieta se tornará o terceiro santo a ter laços estreitos com o Brasil. A primeira foi Madre Paulina, santa desde 2002. Em seguida, veio Frei Galvão, brasileiro nascido em Guaratinguetá (SP) e proclamado Santo Antônio de Sant'Ana Galvão em 2007, quando o então Papa Bento XVI veio ao Brasil.
Entretanto, diferentemente de Madre Paulina e Frei Galvão, José de Anchieta não teve seus dois supostos milagres reconhecidos pelo Vaticano. Relatos de mais de 400 anos apontam que esses feitos aconteceram, mas o longo tempo passado desde então impossibilita sua comprovação, segundo historiadores.
Quando canonizado, o Padre Anchieta se tornará o terceiro santo a ter laços estreitos com o Brasil. A primeira foi Madre Paulina, santa desde 2002. Em seguida, veio Frei Galvão, brasileiro nascido em Guaratinguetá (SP) e proclamado Santo Antônio de Sant'Ana Galvão em 2007, quando o então Papa Bento XVI veio ao Brasil.
Entretanto, diferentemente de Madre Paulina e Frei Galvão, José de Anchieta não teve seus dois supostos milagres reconhecidos pelo Vaticano. Relatos de mais de 400 anos apontam que esses feitos aconteceram, mas o longo tempo passado desde então impossibilita sua comprovação, segundo historiadores.
A canonização de Anchieta se dará por seu trabalho missionário feito no
Brasil, principalmente pela catequização de índios no período da
colonização, além da fundação de missões jesuítas em diversas províncias
do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário