Reflexão

"Se alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic."

Um dia a lágrima disse ao sorriso: “Invejo-te porque vives sempre feliz”.

O sorriso respondeu: “Engana-se, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor”.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Afinal, o Brasil foi descoberto ou achado? - 22 de abril de 1500


A historiadora Eliane Marquez esclarece a polêmica e explica como os portugueses chegaram até aqui

No dia 22 de abril é comemorado o "Descobrimento do Brasil". Neste ano o pais completa 502 anos. É uma data que lembra a chegada dos portugueses no país, porém pela lógica das coisas, as terras brasileiras já haviam sido descobertas e habitadas pelos índios muito antes dos portugueses pensarem em expedições marítimas. Portanto, uma questão que há muito tempo vem sendo discutida não é sobre quem chegou primeiro ao país, e sim, se os portugueses descobriram as terras por acaso ou não.

Existem duas hipóteses cabíveis para esta questão: a primeira, defendida pelos livros de história, seria a casualidade. A frota de Pedro Álvarez Cabral teria se afastado de sua rota e, involuntariamente, encontrado a costa brasileira.
A segunda seria a intencionalidade, defendida pelos estudiosos do assunto. Portugal sabia da existência de terras a Ocidente desde 1492, quando Cristovão Colombo chegou à América e trataram de garantir parte das terras através do Tratado de Tordesilhas, em 1494.

Segundo a professora do curso de História da Universidade de Uberaba, Eliane Marquez, a hipótese de que o Brasil foi descoberto por mero acaso foi desmitificada e vários fundamentos, segundo ela, provam que Cabral já sabia da existência de terras brasileiras.
Um dos fundamentos, de acordo com a professora, é que a esquadra de Cabral era a mais sofisticada, que dispunha de mais marinheiros entendedores do espaço e estudiosos da navegação. De todas que Portugal mandou além-mar.

A frota de Pedro Álvarez Cabral era a maior e mais bem equipada a zarpar dos portos ibéricos até então. Eram ao todo 1500 pessoas, viajando em 10 naus e três caravelas, entre comerciantes, condenados, religiosos, soldados e representantes da nobreza..

A outra hipótese que Eliane citou foi a carta de Pero Vaz de Caminha: " a carta de Pero Vaz de Caminha é a certidão de nascimento do Brasil e ficou muito tempo desaparecida por causa do terremoto que teve em Lisboa. Foi redescoberta no século XIX. Nela Vaz de Caminha escreve: aquilo que se esperava achar foi achado".
Depois de toda esta explicação, nota-se que não houve descobrimento, houve ocupação das terras que eram dos índios. Os portugueses tomaram posse de um local que já tinha dono. Enquanto os índios entregavam suas terras sem saber, em troca, os estrangeiros deram doenças, trabalhos forçados e fome.
A primeira vista os portugueses encontraram bastante terras, uma civilização de selvagens e nada de metais preciosos ou algo que gerassem lucro. As notícias que chegavam a Dom Manuel não correspondiam às expectativas da coroa. Não apontavam a existência de riquezas de interesses no território onde, apenas nativos habitavam.

Na época da ocupação do Brasil existia na Europa uma doutrina econômica chamada mercantilismo, cuja filosofia era de que, quanto mais colônias e mais metais preciosos se extraíssem delas, mais rica seria a metrópole. No entanto os portugueses não encontraram nada do que procuravam, por esta razão as terras brasileiras foram praticamente esquecidas por Portugal, vindo a ser exploradas somente 30 anos depois.
De acordo com a professora Eliane Marquez a coroa só veio a se interessar pelo Brasil depois de quebrar financeiramente: "Portugal resolve colonizar o Brasil, mas já estava quebrado, aí ele montou um sistema de colonização que é nossa marca registrada: uma colonização baseada no latifúndio, na monocultura e na utilização da mão de obra africana", explicou.

Com esse método de colonização o país ganhou de presente centenas de anos de atraso. O Brasil sofre consequências até hoje da forma como foi administrado na época da colônia. E dizem que há motivos para comemorar


"O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade"

Nenhum comentário:

Postar um comentário