Hoje
temos tanta facilidade, que dificulta a falar sobre tal fato. Vejamos a luz para todos, enquanto vemos
muitos jardins iluminados com luz e lâmpadas das mais altas tecnologias nas
casas dos "barões e tubarões".
Casebres
como estas são milhares espalhadas por esse mundão de Deus, e cadê as
prioridades que sempre falam? os programas: Minha casa minha vida?
Qual a
casa que não tem um aparelho de TV? Daí sentam se a frente para ver a nossa
miséria, a nossa dor, as nossas lágrimas caindo na terra seca. Oh Deus tende
piedade de nós. Quando chegamos aos hospitais? Cadê nossos direitos, tão
solicitados, tão propalados em épocas que não se faz necessários lembrar?
Sim,
sentamos ainda à frente da televisão para assistir jogos, Brasil versus não sei
lá o que. Copa das Confederações, e a nossa Federação muitos de nossos
"irmãoszinhos" passando e até mesmo morrendo de fome.
No
próximo ano temos Copa do mundo no Brasil inclusive jogos que serão realizados
em estados nordestinos. Será que teremos condições de vê algum daqueles jogos? Só
mesmo pela TV.
A fome
provém da falta de alimentos que atinge um número elevado de pessoas no Brasil
e no mundo. Apesar dos grandes avanços econômicos, sociais, tecnológicos, a
falta de comida para milhares de pessoas no Brasil continua. Esse processo é
resultado da desigualdade de renda, a falta de dinheiro faz com que cerca de 32
milhões de pessoas passem fome, mais 65 milhões de pessoas que não ingerem a
quantidade mínima diária de calorias, ou seja, se alimentam de forma
precária.
Número
extremamente elevado, tendo em vista a extensão territorial do país que
apresenta grande potencial agrícola. Mas isso é irrelevante, uma vez que existe
uma concentração fundiária e de renda. Grande parte do dinheiro do país está
nas mãos de somente 10% da população brasileira.
O
difícil é entender um país onde os recordes de produção agrícola se modificam
de maneira crescente no decorrer dos anos, enquanto a fome faz parte do
convívio de um número alarmante de pessoas. A monocultura tem como objetivo a
exportação, pois grande parcela da produção é destinada à nutrição animal em
países desenvolvidos.
Mesmo
com programas sociais federais e estaduais o problema da fome não é
solucionado, o pior é que ela se faz presente em pequenas, médias e grandes
cidades e também no campo, independentemente da região ou estado
brasileiro.
A
solução para a questão parece distante, envolve uma série de fatores
estruturais que estão impregnados na sociedade brasileira. Fornecer cestas
básicas não resolve o problema, apenas adia o mesmo, é preciso oferecer
condições para que o cidadão tenha possibilidade de se auto-sustentar por meio
de um trabalho e uma remuneração digna.
Por
Eduardo de Freitas
Graduado
em Geografia
Equipe
Brasil Escola e
Tio Borges (Floriano-PI).
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