Atualmente, existem apenas dois estados brasileiros onde não vivem populações indígenas: o Piauí e o Rio Grande do Norte.
O número de etnias indígenas é maior do que o de línguas. Isso ocorre porque alguns povos indígenas deixaram de falar sua língua de origem em decorrência da violenta colonização que sofreram. Mas o fato de não falarem mais suas línguas originais não significa que deixaram de ser índios: eles se reconhecem e e devem ser reconhecidos como índios, com organizações sociais e culturas diferentes entre si e, ao mesmo tempo, distintas da sociedade não-indígena.
Hoje, muitos povos indígenas são bilíngues (geralmente falam o seu próprio idioma e o português) ou multilíngues (falam mais de duas línguas). Algumas comunidades estão aprendendo na escola a língua de seu povo, que estava deixando de ser utilizada, principalmente entre os mais jovens.
A população indígena tem crescido nos últimos anos, embora povos específicos tenham diminuído demograficamente e alguns estejam até ameaçados de extinção. São mais de 230 povos, alguns deles com parte de sua população residindo em outros países.
Os povos indígenas estão espalhados por todo o território brasileiro e em países vizinhos. No Brasil, a grande maioria das comunidades indígenas vive em terras coletivas, declaradas pelo governo federal para seu uso exclusivo. As chamadas Terras Indígenas somam, hoje, 650.
Muitas palavras que fazem parte do no nosso dia a dia têm origem indígena. Alguns exemplos são: abacaxi, arapuca, arara, capim, catapora, cipó, cuia, cumbuca, cupim, jabuti, jacaré, jibóia, jururu, mandioca, mingau, minhoca, paçoca, peteca, pindaíba, pipoca, preá, sarará, tamanduá, tapera, taquara, toca, traíra, xará.
Existem vários grupos lingüísticos indígenas no Brasil, cada um formado por diferentes línguas. Esses grupos, conhecidos como “famílias”, podem pertencer a dois “troncos linguísticos” principais: o Tupi (o maior e mais conhecido, encontrado em quase todo o território brasileiro) e o Macro-Jê (com cerca de 25 línguas, faladas no Centro-Oeste, na Região Sul, no Pará e na Amazônia meridional).
As famílias karib e aruák não constituem troncos, a cada uma delas é formada por várias línguas.
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