Ele nasceu Manoel Francisco dos Santos, mas foi imortalizado Mané Garrincha. Ídolo do Botafogo, da Seleção Brasileira, um dos maiores jogadores da história do futebol. Arisco, dono de dribles fáceis e impossível de ser caçado em campo – assim como o pássaro “Garrincha”, que inspirou o apelido com o qual se consagraria nos gramados.
Gênio, craque, mito. São muitos os adjetivos para definir o talento do menino nascido em Pau Grande. Mané marcou a história do futebol e escreveu seu nome nos gramados, fintando adversários entre 1953 e 1972.
Uma vida curta e uma carreira eterna
Colecionador de títulos e gols importantes, consagrado no Brasil e no exterior, em sua rica trajetória no futebol atuou em 718 jogos, com 283 gols marcados. Passou a maior parte da carreira jogando no Botafogo, clube que defendeu por 12 anos. Foi no Glorioso que viveu seu auge e ajudou a criar um dos maiores times da história alvinegra.
Pela Seleção Brasileira, ganhou os dois primeiros títulos mundiais do país, 1958 e 1962. No segundo foi responsável direto pela conquista. Em 61 jogos com a camisa amarelinha, Mané saiu derrotado apenas uma vez. Números expressivos que coroam e imortalizam a carreira de um jogador tão vitorioso.
O precursor do “futebol arte”
Pelo seu jeito irreverente de jogar futebol, com dribles desconcertantes e deboche aos adversários, Garrincha foi apelidado de “A Alegria do Povo”. O craque foi responsável, também, pela invenção da expressão “olé” no futebol, termo antes usado somente para Touradas.
No fim da carreira, Mané chegou a atuar por outros clubes. Com breves passagens por Corinthians, Flamengo e Olaria, o Rei do dribles encerrou seu ciclo no esporte.
“Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo”
Com uma história brilhante dentro dos gramados, fora dele o Anjo das pernas Tortas não conseguiu driblar o alcoolismo. Em 20 de janeiro de 1983, vítima de complicações de uma cirrose hepática, faleceu aos 49 anos. No dia seguinte à sua morte, o poeta Carlos Drummond de Andrade, traduziu em palavras a dor alvinegra e de todos os amantes de futebol que, até hoje, reverenciam seu nome.
“Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino.
Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”.
Fonte: Yahoo
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